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Vivo no barco de um sonho impossível
Num provável mar de solidão que atrai
Quando eu morrer, serei só quem se foi
Como qualquer coisa fútil que se vai
Passar a vida inteira querendo se entender
criar definições variadas sobre tudo
É disfarçar a mesquinhez do próprio ser
sem ser em nada profundo
As águas de uma chuva breve
Só encharcam a pele de quem se expõe
Me dou o direito a me sentir leve
A ponto de escrever o vazio que compõe
Páginas cheias de tarde e de escuro
(mágicas comédias puras e sentimentais)
contrárias ao instante que procuro
por serem pequenas mentiras normais
TEÓFILO LEITE BEVILÁQUA
*
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
"TRÊS ANOS"
Não encontro motivo
pra esquecer do que tive
À noite, o que é vivo
convive
entre luzes apagadas
e o silêncio da cidade
Formas desintegradas
saudade
no descaminho bárbaro
do corpo e da alma
sou cigarro sem fósforo
lágrima
a escorrer vagamente
de um gesto pra outro
e ao me ver frente a frente
encontro
minha sombra e o reflexo
exato da sobra de um ser
sem nome, sem dia, sem nexo
sem você
TEÓFILO LEITE BEVILÁQUA
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TEÓFILO LEITE BEVILÁQUA
Bem-Vindos
Sejam Felizes!
Eu estou tentando...
Eu estou tentando...