quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CLARO ENIGMA

*

Vivo no barco de um sonho impossível
Num provável mar de solidão que atrai
Quando eu morrer, serei só quem se foi
Como qualquer coisa fútil que se vai

Passar a vida inteira querendo se entender
criar definições variadas sobre tudo
É disfarçar a mesquinhez do próprio ser
sem ser em nada profundo

As águas de uma chuva breve
Só encharcam a pele de quem se expõe
Me dou o direito a me sentir leve
A ponto de escrever o vazio que compõe
Páginas cheias de tarde e de escuro
(mágicas comédias puras e sentimentais)
contrárias ao instante que procuro
por serem pequenas mentiras normais

TEÓFILO LEITE BEVILÁQUA


*

2 comentários:

  1. O quê que a gente faz, quando, de repente, se depara com essas situações da vida? Achei vc, garoto (garoto ainda?)! Quanta coincidência! Será que vc lembra das primaveras? Daquelas flores imaginárias que vc chamava de alanas brunas?

    Manda notícias

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  2. Nada mais inusitado do pesquisar por Rodolfo Teófilo e tropeçar no passado, então, o que a vida fez de você? É bom ver que permaneceu na poesia, apesar da idade do post.

    Até um próximo tropeço.

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Estou à espera das novidades de suas vidas.

TEÓFILO LEITE BEVILÁQUA

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