*
caio sob a noite prata
e choro ao ver resplandecer
luzes, sexos, laços, tez
abandonados ao próprio azar
e ao "tanto faz do que se fez"
mendigando um olhar discreto
entre as caras que miram
o alvo que bate inquieto
no meu coração
e nunca o acertam, nunca...
e a lua tímida
sem dar bandeira, acompanha
os passos de quem não vive
as dores de quem não sonha
lindissimamente
vigia a trégua que espero
vir de onde for mais longe
e puro
me buscar pro além de tudo
quem não tem seus instantes
de querer sumir?
é da natureza de quem perdeu
sofrer
gritar
morrer
e
esperar que um dia
a manhã raie
sem lembrar
de
a
l
g
u
é
m
Teófilo Leite Beviláqua
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Estou à espera das novidades de suas vidas.